id
stringlengths
6
10
question_number
int32
1
180
exam_id
stringclasses
12 values
exam_year
stringclasses
11 values
nullified
bool
0 classes
question
stringlengths
195
2.64k
choices
dict
answerKey
stringclasses
6 values
explanation
stringclasses
3 values
2011_99
99
2011
2011
null
A discussão sobre o “fim do livro de papel” com a chegada da mídia eletrônica me lembra a discussão idêntica sobre a obsolescência do folheto de cordel. Os folhetos talvez não existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas, mesmo que isso aconteça, os poemas de Leandro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Santos continuarão sendo publicados e lidos — em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie de alma imortal, capaz de reencarnar em corpos variados: página impressa, livro em Braille, folheto, “coffee-table book”, cópia manuscrita, arquivo PDF... Qualquer texto pode se reencarnar nesses (e em outros) formatos, não importa se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, se é Macbeth ou O livro de piadas de Casseta & Planeta. TAVARES, B. Disponível em: http://jornaldaparaiba.globo.com. Ao refletir sobre a possível extinção do livro impresso e o surgimento de outros suportes em via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto de vista, defendendo que
{ "text": [ "o cordel é um dos gêneros textuais, por exemplo, que será extinto com o avanço da tecnologia. ", "o livro impresso permanecerá como objeto cultural veiculador de impressões e de valores culturais. ", "o surgimento da mídio eletrônica decretou o fim do prazer de se ler textos em livros e suportes impressos. ", "os textos continuarão vivos e passíveis de reprodução em novas tecnologias, mesmo que os livros desapareçam. ", "os livros impressos desaparecerão e, com eles, a possibilidade de se ler obras literárias dos mais diversos gêneros. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2011_100
100
2011
2011
null
TEXTO I Você tem palacete reluzente Tem joias e criados à vontade Sem ter nenhuma herança ou parente Só anda de automóvel na cidade... E o povo pergunta com maldade: Onde está a honestidade? Onde está a honestidade? O seu dinheiro nasce de repente E embora não se saiba se é verdade Você acha nas ruas diariamente Anéis, dinheiro e felicidade... Vassoura dos salões da sociedade Que varre o que encontrar a sua frente Promove festivais de caridade Em nome de qualquer defunto ausente... ROSA, N. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010. TEXTO II Um vulto da história da música popular brasileira, reconhecido nacionalmente, é Noel Rosa. Ele nasceu em 1910, no Rio de Janeiro; portanto, se estivesse vivo, estaria completando 100 anos. Mas faleceu aos 26 anos de idade, vítima de tuberculose, deixando um acervo de grande valor para o patrimônio cultural brasileiro. Muitas de suas letras representam a sociedade contemporânea, como se tivessem sido escritas no século XXI. Disponível em: http://www.mpbnet.com.br. Acesso em: abr. 2010. Um texto pertencente ao patrimônio literário-cultural brasileiro é atualizável, na medida em que ele se refere a valores e situações de um povo. A atualidade da canção Onde está a honestidade?, de Noel Rosa, evidencia-se por meio
{ "text": [ "da ironia, ao se referir ao enriquecimento de origem duvidosa de alguns. ", "da crítica aos ricos que possuem joias, mas não têm herança. ", "da maldade do povo a perguntar sobre a honestidade. ", "do privilégio de alguns em clamar pela honestidade. ", "da insistência em promover eventos beneficentes. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_101
101
2011
2011
null
TEXTO I O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias? MELO NETO, J. C. Obra completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento). TEXTO II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens. SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento). Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literalmente pela pergunta “Como então dizer quem fala / ora a Vossas Senhorias?”. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da
{ "text": [ "descrição minuciosa dos traços biográficos do personagem-narrador. ", "construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação. ", "representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua condição. ", "apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta, em sua crise existencial. ", "descrição de Severino, que, apesar de humilde, orgulha-se de ser descendente do coronel Zacarias. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_103
103
2011
2011
null
O hipertexto refere-se à escritura eletrônica não sequencial e não linear, que se bifurca e permite ao leitor o acesso a um número praticamente ilimitado de outros textos a partir de escolhas locais e sucessivas, em tempo real. Assim, o leitor tem condições de definir interativamente o fluxo de sua leitura a partir de assuntos tratados no texto sem se prender a uma sequência fixa ou a tópicos estabelecidos por um autor. Trata-se de uma forma de estruturação textual que faz do leitor simultaneamente coator do texto final. O hipertexto se caracteriza, pois, como um processo de escritura/leitura eletrônica multilinearizado, multisequencial e indeterminado, realizado em um novo espaço de escrita. Assim, ao permitir vários níveis de tratamento de um tema, o hipertexto oferece a possibilidade de múltiplos graus de profundidade simultaneamente, já que não tem sequência definida, mas liga textos não necessariamente correlacionados. MARCUSCHI, L. A. Disponível em: http://www.pucsp.br. Acesso em: 29 jun. 2011. O computador mudou nossa maneira de ler e escrever, e o hipertexto pode ser considerado como um novo espaço de escrita e leitura. Definido como um conjunto de blocos autônomos de texto, apresentado em meio eletrônico computadorizado e no qual há remissões associando entre si diversos elementos, o hipertexto
{ "text": [ "é uma estratégia que, ao possibilitar caminhos totalmente abertos, desfavorece o leitor, ao confundir os conceitos cristalizados tradicionalmente. ", "é uma forma artificial de produção da escrita, que, ao desviar o foco da leitura, pode ter como consequência o menosprezo pela escrita tradicional. ", "exige do leitor um maior grau de conhecimentos prévios, por isso deve ser evitado pelos estudantes nas suas pesquisas escolares. ", "facilita a pesquisa, pois proporciona uma informação específica, segura e verdadeira, em qualquer site de busca ou blog oferecidos na internet. ", "possibilita ao leitor escolher seu próprio percurso de leitura, sem seguir sequência predeterminada, constituindo-se em atividade mais coletiva e colaborativa. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_105
105
2011
2011
null
Conceitos e importância das lutas Antes de se tornarem esportes, as lutas ou as artes marciais tiveram duas conotações principais: eram praticadas com o objetivo guerreiro ou tinham um apelo filosófico como concepção de vida bastante significativo. Atualmente, nos deparamos com a grande expansão das artes marciais em um nível mundial. As raízes orientais foram se disseminando, ora pela necessidade de luta pela sobrevivência ou para a “defesa pessoal”, ora pela possibilidade de ter as artes marciais como própria filosofia de vida. CARREIRO, E. A. Educação Física na escola: Implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 (fragmento). Um dos problemas da violência que está presente principalmente nos grandes centros urbanos são as brigas e os enfrentamentos de torcidas organizadas, além da formação de gangues, que se apropriam de gestos das lutas, resultando, muitas vezes, em fatalidades. Portanto, o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses movimentos foi mal compreendido, afinal as lutas
{ "text": [ "se tornaram um esporte, mas eram praticadas com o objetivo guerreiro a fim de garantir a sobrevivência. ", "apresentam a possibilidade de desenvolver o autocontrole, o respeito ao outro e a formação do caráter. ", "possuem como objetivo principal a “defesa pessoal” por meio de golpes agressivos sobre o adversário. ", "sofreram transformações em seus princípios filosóficos em razão de sua disseminação pelo mundo. ", "se disseminaram pela necessidade de luta pela sobrevivência ou como filosofia pessoal de vida. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_106
106
2011
2011
null
O tema da velhice foi objeto de estudo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos. Um dos melhores livros sobre o assunto foi escrito pelo pensador e orador romano Cícero: A Arte do Envelhecimento. Cícero nota, primeiramente, que todas as idades têm seus encantos e suas dificuldades. E depois aponta para um paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter uma vida longa, o que significa viver mais anos. Quando realizamos a meta, em vez de celebrar o feito, nos atiramos a um estado de melancolia e amargura. Ler as palavras de Cícero sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar melhor a passagem do tempo. NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar Antienvelhecimento. Época. 28 abr. 2008. O autor discute problemas relacionados ao envelhecimento, apresentando argumentos que levam a inferir que seu objetivo é
{ "text": [ "esclarecer que a velhice é inevitável. ", "contar fatos sobre a arte de envelhecer. ", "defender a ideia de que a velhice é desagradável. ", "influenciar o leitor para que lute contra o envelhecimento. ", "mostrar às pessoas que é possível aceitar, sem angústia, o envelhecimento. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_107
107
2011
2011
null
Não tem tradução [...] Lá no morro, se eu fizer uma falseta A Risoleta desiste logo do francês e do inglês A gíria que o nosso morro criou Bem cedo a cidade aceitou e usou [...] Essa gente hoje em dia que tem mania de exibição Não entende que o samba não tem tradução no idioma francês Tudo aquilo que o malandro pronuncia Com voz macia é brasileiro, já passou de português Amor lá no morro é amor pra chuchu As rimas do samba não são I love you E esse negócio de alô, alô boy e alô Johnny Só pode ser conversa de telefone ROSA, N. In: SOBRAL, João J. V. A tradução dos bambas. Revista Língua Portuguesa. Ano 4, nº 54. São Paulo: Segmento, abr. 2010 (fragmento). As canções de Noel Rosa, compositor brasileiro de Vila Isabel, apesar de revelarem uma aguçada preocupação do artista com seu tempo e com as mudanças político-culturais no Brasil, no início dos anos 1920, ainda são modernas. Nesse fragmento do samba Não tem tradução, por meio do recurso da metalinguagem, o poeta propõe
{ "text": [ "incorporar novos costumes de origem francesa e americana, juntamente com vocábulos estrangeiros. ", "respeitar e preservar o português padrão como forma de fortalecimento do idioma do Brasil. ", "valorizar a fala popular brasileira como patrimônio linguístico e forma legítima de identidade nacional. ", "mudar os valores sociais vigentes à época, com o advento do novo e quente ritmo da música popular brasileira. ", "ironizar a malandragem carioca, aculturada pela invasão de valores étnicos de sociedades mais desenvolvidas. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_108
108
2011
2011
null
A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras e caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares), figurinos e cenários representativos. SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009 (adaptado). A dança, como manifestação e representação da cultura rítmica, envolve a expressão corporal própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela
{ "text": [ "manifestações afetivas, histoŕicas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, refletindo seu modo de expressar-se no mundo. ", "aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, desconsiderando fatos históricos. ", "acontecimentos do cotidiano, sob influência mitológica e religiosa de cada região, sobrepondo aspectos políticos. ", "tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um ranking das mais originais. ", "lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem apenas para a vivência lúdica de um povo. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_109
109
2011
2011
null
Cultivar um estilo de vida saudável é extremamente importante para diminuir o risco de infarto, mas também de problemas como morte súbita e derrame. Significa que manter uma alimentação saudável e praticar atividade física regularmente já reduz, por si só, as chances de desenvolver vários problemas. Além disso, é importante para o controle da pressão arterial, dos níveis de colesterol e de glicose no sangue. Também ajuda a diminuir o estresse e aumentar a capacidade física, fatores que, somados, reduzem as chances de infarto. Exercitar-se, nesses casos, com acompanhamento médico e moderação, é altamente recomendável. ATALIA, M. Nossa vida. Época. 23 mar. 2009. As ideias veiculadas no texto se organizam estabelecendo relações que atuam na construção do sentido. A esse respeito, identifica-se, no fragmento, que
{ "text": [ "a expressão “Além disso” marca uma sequenciação de ideias. ", "o conectivo “mas também” inicia oração que exprime ideia de contraste. ", "o termo “como”, em como morte súbita e derrame, introduz uma generalização. ", "o termo “Também” exprime uma justificativa. ", "o termo “fatores” retoma coesivamente “níveis de colesterol e de glicose no sangue”. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_112
112
2011
2011
null
No capricho O Adãozinho, meu cumpade, enquanto esperava pelo delegado, olhava para um quadro, a pintura de uma senhora. Ao entrar a autoridade e percebendo que o cabôco admirava tal figura, perguntou: “Que tal? Gosta desse quadro?” E o Adãozinho, com toda a sinceridade que Deus dá ao cabôco da roça: “Mas pelo amor de Deus, hein, dotô! Que muié feia! Parece fiote de cruis-credo, parente do deus-me-livre, mais horríver que briga de cego no escuro.” Ao que o delegado não teve como deixar de confessar, um pouco secamente: “É a minha mãe.” E o cabôco, em cima da bucha, não perde a linha: “Mais dotô, inté que é uma feiura caprichada.” BOLDRIN, R. Almanaque Brasil de Cultura Popular. São Paulo: Andreato Comunicação e Cultura, nº 62, 2004 (adaptado). Por suas características formais, por sua função e uso, o texto pertence ao gênero
{ "text": [ "anedota, pelo enredo e humor característicos. ", "crônica, pela abordagem literária de fatos do cotidiano. ", "depoimento, pela apresentação de experiências pessoais. ", "relato, pela descrição minuciosa de fatos verídicos. ", "reportagem, pelo registro impessoal de situações reais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_113
113
2011
2011
null
Estrada Esta estrada onde moro, entre duas voltas do caminho, Interessa mais que uma avenida urbana. Nas cidades todas as pessoas se parecem. Todo mundo é igual. Todo mundo é toda a gente. Aqui, não: sente-se bem que cada um traz a sua alma. Cada criatura é única. Até os cães. Estes cães da roça parecem homens de negócios: Andam sempre preocupados. E quanta gente vem e vai! E tudo tem aquele caráter impressivo que faz meditar: Enterro a pé ou a carrocinha de leite puxada por um bodezinho manhoso. Nem falta o murmúrio da água, para sugerir, pela voz dos símbolos, Que a vida passa! que a vida passa! E que a mocidade vai acabar. BANDEIRA, M. O ritmo dissoluto. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967. A lírica de Manuel Bandeira é pautada na apreensão de significados profundos a partir de elementos do cotidiano. No poema Estrada, o lirismo presente no contraste entre campo e cidade aponta para
{ "text": [ "o desejo do eu lírico de resgatar a movimentação dos centros urbanos, o que revela sua nostalgia com relação à cidade. ", "a percepção do caráter efêmero da vida, possibilitada pela observação da aparente inércia da vida rural. ", "a opção do eu lírico pelo espaço bucólico como possibilidade de meditação sobre a sua juventude. ", "a visão negativa da passagem do tempo, visto que esta gera insegurança ", "a profunda sensação de medo gerada pela reflexão acerca da morte. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_114
114
2011
2011
null
PICASSO, P. Guernica. Óleo sobre tela. 349 X 777 cm. Museu Reina Sofia, Espanha, 1937. Disponível em: http://www.fddreis.files.wordpress.com. Acesso em: 26 jul 2010. O pintor espanhol Pablo Picasso (1881-1973), um dos mais valorizados no mundo artístico, tanto em termos financeiros quanto históricos, criou a obra Guernica em protesto ao ataque aéreo à pequena cidade basca de mesmo nome. A obra, feita para integrar o Salão Internacional de Artes Plásticas de Paris, percorreu toda a Europa, chegando aos EUA e instalando-se no MoMA, de onde sairia apenas em 1981. Essa obra cubista apresenta elementos plásticos identificados pelo
{ "text": [ "painel ideográfico, monocromático, que enfoca várias dimensões de um evento, renunciando à realidade, colocando-es em plano frontal ao espectador. ", "horror da guerra de forma fotográfica, com o uso da perspectiva clássica, envolvendo o espectador nesse exemplo brutal de crueldade do ser humano. ", "uso das formas geométricas no mesmo plano, sem emoção e expressão, despreocupado com o volume, a perspectiva e a sensação escultórica. ", "esfacelamento dos objetos abordados na mesma narrativa, minimizando a dor humana a serviço da objetividade, observada pelo uso do claro-escuro. ", "uso de vários ícones que representam personagens fragmentados bidimensionalmente, de forma fotográfica livre de sentimentalismo. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_115
115
2011
2011
null
No Brasil, a condição cidadã, embora dependa da leitura e da escrita, não se basta pela enunciação do direito, nem pelo domínio desses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza melhor participação social. A condição cidadã depende, seguramente, da ruptura com o ciclo da pobreza, que penaliza um largo contingente populacional. formação de leitores e construção da cidadania, memória e presença do PROLER. Rio de Janeiro: FBN, 2008. Ao argumentar que a aquisição das habilidades de leitura e escrita não são suficientes para garantir o exercício da cidadania, o autor
{ "text": [ "critica os processos de aquisição da leitura e da escrita. ", "fala sobre o domínio da leitura e da escrita no Brasil. ", "incentiva a participação efetiva na vida da comunidade. ", "faz uma avaliação crítica a respeito da condição cidadã do brasileiro. ", "define instrumentos eficazes para elevar a condição social da população do Brasil. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2011_116
116
2011
2011
null
É água que não acaba mais Dados preliminares divulgados por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) apontaram o Aquífero Alter do Chão como o maior depósito de água potável do planeta. Com volume estimado em 86 000 quilômetros cúbicos de água doce, a reserva subterrânea está localizada sob os estados do Amazonas, Pará e Amapá. “Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer a população mundial durante 500 anos”, diz Milton Matta, geólogo da UFPA. Em termos comparativos, Alter do Chão tem quase o dobro do volume de água do Aquífero Guarani (com 45 000 quilômetros cúbicos). Até então, Guarani era a maior reserva subterrânea do mundo, distribuída por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Época. Nº 623, 26 abr. 2010. Essa notícia, publicada em uma revista de grande circulação, apresenta resultados de uma pesquisa científica realizada por uma universidade brasileira. Nessa situação específica de comunicação, a função referencial da linguagem predomina, porque o autor do texto prioriza
{ "text": [ "as suas opiniões, baseadas em fatos. ", "os aspectos objetivos e precisos. ", "os elementos de persuasão do leitor. ", "os elementos estéticos na construção do texto. ", "os aspectos subjetivos da mencionada pesquisa. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_117
117
2011
2011
null
Pequeno concerto que virou canção Não, não há por que mentir ou esconder A dor que foi maior do que é capaz meu coração Não, nem há por que seguir cantando só para explicar Não vai nunca entender de amor quem nunca soube amar Ah, eu vou voltar pra mim Seguir sozinho assim Até me consumir ou consumir toda essa dor Até sentir de novo o coração capaz de amor VANDRÉ, G. Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 29 jun. 2011. Na canção de Geraldo Vandré, tem-se a manifestação da função poética da linguagem, que é percebida na elaboração artística e criativa da mensagem, por meio de combinações sonoras e rítmicas. Pela análise do texto, entretanto, percebe-se, também, a presença marcante da função emotiva ou expressiva, por meio da qual o emissor
{ "text": [ "imprime à canção as marcas de sua atitude pessoal, seus sentimentos. ", "transmite informações objetivas sobre o tema de que trata a canção. ", "busca persuadir o receptor da canção a adotar um certo comportamento. ", "procura explicar a própria linguagem que utiliza para construir a canção. ", "objetiva verificar ou fortalecer a eficiência da mensagem veiculada. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_118
118
2011
2011
null
Quando os portugueses se instalaram no Brasil, o país era povoado de índios. Importaram, depois, da África, grande número de escravos. O Português, o Índio e o Negro constituem, durante o período colonial, as três bases da população brasileira. Mas no que se refere à cultura, a contribuição do Português foi de longe a mais notada. Durante muito tempo o português e o tupi viveram lado a lado como línguas de comunicação. Era o tupi que utilizavam os bandeirantes nas suas expedições. Em 1694, dizia o Padre Antônio Vieira que “as famílias dos portugueses e índios em São Paulo estão tão ligadas hoje umas com as outras, que as mulheres e os filhos se criam mística e domesticamente, e a língua que nas ditas famílias se fala é a dos Índios, e a portuguesa a vão os meninos aprender à escola.” TEYSSIER, P. História da língua portuguesa. Lisboa: Livraria Sá da Costa, 1984 (adaptado) A identidade de uma nação está diretamente ligada à cultura de seu povo. O texto mostra que, no período colonial brasileiro, o Português, o Índio e o Negro formaram a base da população e que o patrimônio linguístico brasileiro é resultado da
{ "text": [ "contribuição dos índios na escolarização dos brasileiros. ", "diferença entre as línguas dos colonizadores e as dos indígenas. ", "importância do padre Antônio Vieira para a literatura de língua portuguesa. ", "origem das diferenças entre a língua portuguesa e as línguas tupi. ", "interação pacífica no uso da língua portuguesa e da língua tupi. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_119
119
2011
2011
null
Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de gozo. AZEVEDO, A. O Cortiço. São Paulo: Ática, 1983 (fragmento). No romance O Cortiço (1890) de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento brasileiro, pois
{ "text": [ "destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. ", "exalta a força do cenário natural brasileiro e os surtos de ave estranha, considera o do português inexpressivo. ", "mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. ", "destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. ", "atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_120
120
2011
2011
null
Guardar Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre perde-se a coisa à vista. Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado. Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar por ela ou ser por ela. Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro Do que um pássaro sem voos. Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por isso se declara e declama um poema: Para guardá-lo: Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda: Guarde o que quer que guarda um poema: Por isso o lance do poema: Por guardar-se o que se quer guardar. MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético como uma das maneiras de se guardar o que se quer, o texto
{ "text": [ "ressalta a importância dos estudos históricos para a construção da memória social de um povo. ", "valoriza as lembranças individuais em detrimento das narrativas populares ou coletivas. ", "reforça a capacidade da literatura em promover a subjetividade e os valores humanos. ", "destaca a importância de reservar o texto literário àqueles que possuem maior repertório cultural. ", "revela a superioridade da escrita poética como forma ideal de preservação da memória cultural. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_121
121
2011
2011
null
Lépida e leve Língua do meu Amor velosa e doce, que me convences de que sou frase, que me contornas, que me vestes quase, como se o corpo meu de ti vindo me fosse. Língua que me cativas, que me enleias em linhas longas de invisíveis teias, de que és, há tanto, habilidosa aranha... [...] Amo-te as sugestões gloriosas e funestas, amo-te como todas as mulheres te amam, ó língua-lama, ó língua-resplendor, pela carne de som que à ideia emprestas e pelas frases mudas que proferes nos silêncios de Amor! MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento). A poesia de Gilka Machado identifica-se com as concepções artísticas simbolistas. Entretanto, o texto selecionado incorpora referências temáticas e formais modernistas, já que, nele, a poeta
{ "text": [ "procura desconstruir a visão metafórica do amor e abandona o cuidado formal. ", "concebe a mulher como um ser sem linguagem e questiona o poder da palavra. ", "questiona o trabalho intelectual da mulher e antecipa a construção do verso livre. ", "propõe um modelo novo de erotização na lírica amorosa e propõe a simplificação verbal. ", "explora a construção da essência feminina, a partir da polissemia de “língua”, e inova o léxico " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_122
122
2011
2011
null
Nós adorariamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria um termo menos agressivo. Mas nós não usamos esta palavra simplesmente porque não acreditamos que existe uma “Meia-verdade”. Para o Conar, Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desonestidade. Absolutamente nada no meio. O Conar nasceu há 29 anos (viu só? não arredondamos para 30) com a missão de zelar pela ética na publicidade. Não fazemos isso porque somos bonzinhos (gostaríamos de dizer isso, mas, mais uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é a única forma da propaganda ter o máximo de credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria a propaganda se o consumidor não acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma peça publicitária pode fazer uma reclamação ao Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as denúncias e, quando é o caso, aplica a punição. Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: Abril, Ed. 2120, ano 42, nº 27, 8 jul. 2009 Considerando a autoria e a seleção lexical desse texto, bem como os argumentos nele mobilizados, constata-se que o objetivo do autor do texto é
{ "text": [ "informar os consumidores em geral sobre a atuação do Conar. ", "conscientizar publicitários do compromisso ético ao elaborar suas peças publicitárias. ", "alertar chefes de família, para que eles fiscalizem o conteúdo das propagandas veiculadas pela mídia. ", "chamar a atenção de empresários e anunciantes em geral para suas responsabilidades ao contratarem publicitários sem ética. ", "chamar a atenção de empresas para os efeitos nocivos que elas podem causar à sociedade, se compactuarem com propagandas enganosas. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_125
125
2011
2011
null
TEXTO I O Brasil sempre deu respostas rápidas através da solidariedade do seu povo. Mas a mesma força que nos motiva a ajuda o próximo deveria também nos motivar a ter atitudes cidadãs. Não podemos mais transferir a culpa para quem é vítima ou até mesmo para a própria natureza, como se essa seguisse a lógica humana. Sobram desculpas esfarrapadas e falta competência da classe política. Cartas. ,Istoé. 28 abr. 2010. TEXTO II Não podemos negar ao povo sofrido todas as hipóteses de previsão dos desastres. Demagogos culpam os moradores; o governo e a prefeitura apelam para as pessoas saírem das áreas de risco e agora dizem que será compulsória a realocação. Então temos a realocar o Brasil inteiro! Criemos um serviço, similar ao SUS, com alocação obrigatória de recursos orçamentários com rede de atendimento preventivo, onde participariam arquitetos, engenheiros, geólogos. Bem ou mal, esse “SUS” condições de acontecer epidemias. Seriam boas ações preventivas. Carta do Leitor. Carta Capital. 28 abr. 2010 (adaptado). Os textos apresentados expressam opiniões de leitores acerca de relevante assunto para a sociedade brasileira. Os autores dos dois textos apontam para a
{ "text": [ "necessidade de trabalho voluntário contínuo para a resolução das mazelas sociais. ", "importância de ações preventivas para evitar catástrofes, indevidamente atribuídas aos políticos. ", "incapacidade política para agir de forma diligente na resolução das mazelas sociais. ", "urgência de se criarem novos órgãos públicos com as mesmas características do SUS. ", "impossibilidade de o homem agir de forma eficaz ou preventiva diante das ações da natureza. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_126
126
2011
2011
null
SE NO INVERNO É DIFÍCIL ACORDAR, IMAGINE DORMIR. Com a chegada do inverno, muitas pessoas perdem o sono. São milhões de necessitados que lutam contra a fome e o frio. Para vencer esta batalha, eles precisam de você. Deposite qualquer quantia. Você ajuda milhares de pessoas a terem uma boa noite e dorme com a consciência tranquila. Veja. 05 set. 1999 (adaptado) O produtor de anúncios publicitários utiliza-se de estratégias persuasivas para influenciar o comportamento de seu leitor. Entre os recursos argumentativos mobilizados pelo autor para obter a adesão do público à campanha, destaca-se nesse texto
{ "text": [ "a oposição entre individual e coletivo, trazendo um ideário populista para o anúncio. ", "a utilização de tratamento informal com o leitor, o que suaviza a seriedade do problema. ", "o emprego de linguagem figurada, o que desvia a atenção da população do apelo financeiro. ", "o uso dos numerais “milhares” e “milhões”, responsável pela supervalorização das condições dos necessitados. ", "o jogo de palavras entre “acordar” e “dormir”, o que relativiza o problema do leitor em relação ao dos necessitados. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_127
127
2011
2011
null
Entre ideia e tecnologia O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade. SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa. São Paulo: Segmento, Ano II, nº 6, 2006. O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a
{ "text": [ "inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país. ", "importância da língua para a construção da identidade nacional. ", "afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da língua. ", "relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura. ", "diversidade étnica e linguística existente no território nacional. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_128
128
2011
2011
null
Palavra indígena A história da tribo Sapucaí, que traduziu para o idioma guarani os artefatos da era da computação que ganharam importância em sua vida, como mouse (que eles chamam de angojhá) e windows (oventã) Quando a internet chegou àquela comunidade, que abriga em torno de 400 guaranis, há quatro anos, por meio de um projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e com antena cedida pela Star One (da Embratel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as possibilidades de comunicação que a web traz. Ele conta que usam a rede, por enquanto, somente para preparação e envio de documentos, mas perceberam que ela pode ajudar na preservação da cultura indígena. A apropriação da rede se deu de forma gradual, mas os guaranis já incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida. A importância da internet e da computação para eles está expressa num caso de rara incorporação: a do vocabulário. — Um dia, o cacique da aldeia Sapucaí me ligou. “A gente não está querendo chamar computador de “computador”. Sugeri a eles que criassem uma palavra em guarani. E criaram aiú irú rive, “caixa para acumular a língua”. Nós, brancos, usamos mouse, windows e outros termos, que eles começaram a adaptar para o idioma deles, como angojhá (rato) e oventã (janela) — conta Rodrigo Baggio, diretor do CDI. Disponível em: http://www.revistalingua.uol.com.br. Acesso em: 22 jul. 2010. O uso das novas tecnologias de informação e comunicação fez surgir uma série de novos termos que foram acolhidos na sociedade brasileira em sua forma original, como: mouse, windows, download, site, homepage, entre outros. O texto trata da adaptação de termos da informática à língua indígena como uma reação da tribo Sapucaí, o que revela
{ "text": [ "a possibilidade que o índio Potty vislumbrou em relação à comunicação que a web pode trazer a seu povo e à facilidade no envio de documentos e na conversação em tempo real. ", "o uso da internet para preparação e envio de documentos, bem como a contribuição para as atividades relacionadas aos trabalhos da cultura indígena. ", "a preservação da identidade, demonstrada pela conservação do idioma, mesmo com a utilização de novas tecnologias características da cultura de outros grupos sociais. ", "adesão ao projeto do Comitê para Democratização da Informática (CDI), que, em parceria com a ONG Rede Povos da Floresta, possibilitou o acesso à web, mesmo em ambiente inóspito. ", "a apropriação da nova tecnologia de forma gradual, evidente quando os guaranis incorporaram a novidade tecnológica ao seu estilo de vida com a possibilidade de acesso à internet. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_129
129
2011
2011
null
Há certos usos consagrados na fala, e até mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do nível de escolaridade do falante, são, sem dúvida, previsíveis. Ocorrem até mesmo em falantes que dominam a variedade padrão, pois, na verdade, revelam tendências existentes na língua em seu processo de mudança que não podem ser bloqueadsa em nome de um “ideal linguístico” que estaria representado pelas regras da gramática normativa. Usos como ter por haver em construções existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), a não-concordância das passivas com se (aluga-se casas) são indícios da existência, não de uma norma única, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hábitos linguísticos, sem implicar juízo de valor. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino de gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). Considerando a reflexão trazida no texto a respeito da multiplicdade do discurso, verifica-se que
{ "text": [ "estudantes que não conhecem as diferenças entre língua escrita e língua falada empregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos quando vão elaborar um texto escrito. ", "falantes que dominam a variedade padrão do português do Brasil demonstram usos que confirmam a diferença entre a norma idealizada e a efetivamente praticada, mesmo por falantes mais escolarizados. ", "moradores de diversas regiões do país que enfrentam dificuldades ao se expressar na escrita revelam a constante modificação das regras de emprego de pronomes e os casos especiais de concordância. ", "pessoas que se julgam no direito de contrariar a gramática ensinada na escola gostam de apresentar usos não aceitos socialmente para esconderem seu desconhecimento da norma padrão. ", "usuários que desvendam os mistérios e sutilezas da língua portuguesa empregam formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo haver, contrariando as regras gramaticais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_130
130
2011
2011
null
MANDIOCA – mais um presente da Amazônia Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilissima podem variar de região, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-pobre – e por motivos óbvios. Rica em fécula, a mandioca — uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro, especialmente pelos colonizadores portugueses — é a base de sustento de muitos brasileiros e o único alimento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em algumas regiões da África. O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento). De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome científico da mandioca. Esse fenômeno revela que
{ "text": [ "existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta. ", "mandioca é nome específico para a espécie existente na região amazônica. ", "“pão-de-pobre” é designação específica para a planta da região amazônica. ", "os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região. ", "a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_131
131
2011
2011
null
Motivadas ou não historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidade sobrepõem-se ao longo do território, seja numa relaçao de oposição, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseção de usos que configuram uma norma nacional distinta da do português europeu. Ao focalizar essa questão, que opõe não só as normas do português de Portugal às normas do português brasileiro, mas também as chamadas normas cultas locais às populares ou vernáculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa história e que só a partir do século XVIII se pode começar a pensar na bifurcação das variantes continentais, ora em consequência de mudanças ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territórios. CALLOU, D. Gramática, variação e normas. In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). Ensino da gramática: descrição e uso. São Paulo: Contexto, 2007 (adaptado). O português do Brasil não é uma língua uniforme. A variação linguística é um fenômeno natural, ao qual todas as línguas estão sujeitas. Ao considerar as variedades linguísticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a atenção do leitor para a
{ "text": [ "desconsideração da existência das normas populares pelos falantes da norma culta. ", "difusão do português de Portugal em todas as regiões do Brasil só a partir do século XVIII. ", "existência de usos da língua que caracterizam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal. ", "inexistência de normas cultas locais e populares ou vernáculas em um determinado país. ", "necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma língua devem ser aceitos. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_135
135
2011
2011
null
O que é possível dizer em 140 caracteres? Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade única de compreender a importância da concisão nos gêneros de escrita A máxima “menos é mais” nunca fez tanto sentido como no caso do microblog Twitter, cuja premissa é dizer algo — não importa o quê — em 140 caracteres. Desde que o serviço foi criado, em 2006, o número de usuários da ferramenta é cada vez maior, assim como a diversidade de uso que se faz dela. Do estilo “querido diário” à literatura concisa, passando por aforismos, citações, jornalismo, fofoca, humor etc., tudo ganha o espaço de um tweet (“pio” em inglês), e entender seu sucesso pode indicar um caminho para o aprimoramento de um recurso vital à escrita: a concisão. Disponível em: http://www.revistalingua.com.br. Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado). O Twitter se presta a diversas finalidades, entre elas, à comunicação concisa, por isso essa rede social
{ "text": [ "é um recurso elitizado, cujo público precisa dominar a língua padrão. ", "constitui recurso próprio para a aquisição da modalidade escrita da língua. ", "é restrita à divulgação de textos curtos e pouco significativos e, portanto, é pouco útil. ", "interfere negativamente no processo de escrita e acaba por revelar uma cultura pouco reflexiva. ", "estimula a produção de frases com clareza e objetividade, fatores que potencializam a comunicação interativa. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_138
138
2011
2011
null
O dono de uma oficina mecânica precisa de um pistão das partes de um motor, de 68 mm de diâmetro, para o conserto de um carro. Para conseguir um, esse dono vai até um ferro velho e lá encontra pistões com diâmetros iguais a 68,21 mm; 68,102 mm; 68,001 mm; 68,02 mm e 68,012 mm. Para colocar o pistão no motor que está sendo consertado, o dono da oficina terá de adquirir aquele que tenha o diâmetro mais próximo do que precisa. Nessa condição, o dono da oficina deverá comprar o pistão de diâmetro
{ "text": [ "68,21 mm. ", "68,102 mm. ", "68,02 mm. ", "68,012 mm. ", "68,001 mm. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_139
139
2011
2011
null
A Escala de Magnitude de Momento (abreviada como MMS e denotada como <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>W</mtext></msub></math>), introduzida em 1979 por Thomas Haks e Hiroo Kanamori, substituiu a Escala de Richter para medir a magnitude dos terremotos em termos de energia liberada. Menos conhecida pelo público, a MMS é, no entanto, a escala usada para estimar as magnitudes de todos os grandes terremotos da atualidade. Assim como a escala Richter, a MMS é uma escala logarítmica. <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>W</mtext></msub></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>O</mtext></msub></math> se relacionam pela fórmula: <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>W</mtext></msub><mo>=</mo><mo>-</mo><mfenced><mrow><mn>10</mn><mo>,</mo><mn>7</mn></mrow></mfenced><mo>+</mo><mfrac><mn>2</mn><mn>3</mn></mfrac><msub><mi>log</mi><mn>10</mn></msub><mfenced><msub><mtext>M</mtext><mtext>O</mtext></msub></mfenced></math> Onde <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>O</mtext></msub></math> é o momento sísmico (usualmente estimado a partir dos registros de movimento da superfície, através dos sismogramas), cuja unidade é o dina·cm. O terremoto de Kobe, acontecido no dia 17 de janeiro de 1995, foi um dos terremotos que causaram maior impacto no Japão e na comunidade científica internacional. Teve magnitude <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>W</mtext></msub><mo>=</mo><mfenced><mrow><mn>7</mn><mo>,</mo><mn>3</mn></mrow></mfenced></math>. U.S. GEOLOGICAL SURVEY. Historic Earthquakes. Disponível em: http://earthquake.usgs.gov. Acesso em: 1 maio 2010 (adaptado). U.S. GEOLOGICAL SURVEY. USGS Earthquake Magnitude Policy. Disponível em: http://earthquake.usgs.gov. Acesso em: 1 maio 2010 (adaptado). Mostrando que é possível determinar a medida por meio de conhecimentos matemáticos, qual foi o momento sísmico <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><msub><mtext>M</mtext><mtext>O</mtext></msub></math> do terremoto de Kobe (em dina cm)?
{ "text": [ "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><msup><mn>10</mn><mrow><mo>-</mo><mfenced><mrow><mn>5</mn><mo>,</mo><mn>10</mn></mrow></mfenced></mrow></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><msup><mn>10</mn><mrow><mo>-</mo><mfenced><mrow><mn>0</mn><mo>,</mo><mn>73</mn></mrow></mfenced></mrow></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><msup><mn>10</mn><mrow><mn>12</mn><mo>,</mo><mn>00</mn></mrow></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><msup><mn>10</mn><mrow><mn>21</mn><mo>,</mo><mn>65</mn></mrow></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><msup><mn>10</mn><mrow><mn>27</mn><mo>,</mo><mn>00</mn></mrow></msup></math> " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_141
141
2011
2011
null
Em 2010, um caos aéreo afetou o continente europeu, devido à quantidade de fumaça expelida por um vulcão na Islândia, o que levou ao cancelamento de inúmeros voos. Cinco dias após o início desse caos, todo o espaço aéreo europeu acima de 6000 metros estava liberado, com exceção do espaço aéreo da Finlândia. Lá, apenas voos internacionais acima de 31 mil pés estavam liberados. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 21 abr. 2010 (adaptado). Considere que 1 metro equivale a aproximadamente 3,3 pés. Qual a diferença, em pés, entre as altitudes liberadas na Finlândia e no restante do continente europeu cinco dias após o início do caos?
{ "text": [ "3390 pés. ", "9390 pés. ", "11200 pés. ", "19800 pés. ", "50800 pés. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_142
142
2011
2011
null
Em uma certa cidade, os moradores de um bairro carente de espaços de lazer reivindicam à prefeitura municipal a construção de uma praça. A prefeitura concorda com a solicitação e afirma que irá construí-la em formato retangular devido às características técnicas do terreno. Restrições de natureza orçamentária impõem que sejam gastos, no máximo, 180 m de tela para cercar a praça. A prefeitura apresenta aos moradores desse bairro as medidas dos terrenos disponíveis para a construção da praça: Terreno 1: 55 m por 45 m Terreno 2: 55 m por 55 m Terreno 3: 60 m por 30 m Terreno 4: 70 m por 20 m Terreno 5: 95 m por 85 m Para optar pelo terreno de maior área, que atenda às restrições impostas pela prefeitura, os moradores deverão escolher o terreno
{ "text": [ "1. ", "2. ", "3. ", "4. ", "5. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_143
143
2011
2011
null
Sabe-se que a distância real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado de São Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, é igual a 2000 km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua régra que a distância entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm. Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante está na escala de
{ "text": [ "1 : 250. ", "1 : 2500. ", "1 : 25000. ", "1 : 250000. ", "1 : 25000000. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_145
145
2011
2011
null
Café no Brasil O consumo atingiu o maior nível da história no ano passado: os brasileiros beberam o equivalente a 331 bilhões de xícaras. Veja. Ed. 2158, 31 mar. 2010. Considere que a xícara citada na notícia seja equivalente a, aproximadamente, 120 mL de café. Suponha que em 2010 os brasileiros bebam ainda mais café, aumentando o consumo em <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mfrac><mn>1</mn><mn>5</mn></mfrac></math> do que foi consumido no ano anterior. De acordo com essas informações, qual a previsão mais aproximada para o consumo de café em 2010?
{ "text": [ "8 bilhões de litros. ", "16 bilhões de litros. ", "32 bilhões de litros. ", "40 bilhões de litros. ", "48 bilhões de litros. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_146
146
2011
2011
null
Você pode adaptar as atividades do seu dia a dia de uma forma que possa queimar mais calorias do que as gastas normalmente, conforme a relação seguinte: - Enquanto você fala ao telefone, faça agachamentos: 100 calorias gastas em 20 minutos. - Meia hora de supermercado: 100 calorias. - Cuidar do jardim por 30 minutos: 200 calorias. - Passear com o cachorro: 200 calorias em 30 minutos. - Tirar o pó dos móveis: 150 calorias em 30 minutos. - Lavar roupas por 30 minutos: 200 calorias. Disponível em: http://cyberdiet.terra.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). Uma pessoa deseja executar essas atividades, porém, ajustando o tempo para que, em cada uma, gaste igualmente 200 calorias. A partir dos ajustes, quanto tempo a mais será necessário para realizar todas as atividades?
{ "text": [ "50 minutos. ", "60 minutos. ", "80 minutos. ", "120 minutos. ", "170 minutos. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_147
147
2011
2011
null
Para uma atividade realizada no laboratório de Matemática, um aluno precisa construir uma maquete da quadra de esportes da escola que tem 28 m de comprimento por 12 m de largura. A maquete deverá ser construída na escala de 1 : 250. Que medidas de comprimento e largura, em cm, o aluno utilizará na construção da maquete?
{ "text": [ "4,8 e 11,2 ", "7,0 e 3,0 ", "11,2 e 4,8 ", "28,0 e 12,0 ", "30,0 e 70,0 " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_149
149
2011
2011
null
Observe as dicas para calcular a quantidade certa de alimentos e bebidas para as festas de fim de ano: ‡- Para o prato principal, estime 250 gramas de carne para cada pessoa. - Um copo americano cheio de arroz rende o suficiente para quatro pessoas. - Para a farofa, calcule quatro colheres de sopa por convidado. - Uma garrafa de vinho serve seis pessoas. - Uma garrafa de cerveja serve duas. - Uma garrafa de espumante serve três convidados. Quem organiza festas faz esses cálculos em cima do total de convidados, independente do gosto de cada um. Quantidade certa de alimentos e bebidas evita o desperdício da ceia. Jornal Hoje. 17 dez. 2010 (adaptado). Um anfitrião decidiu seguir essas dicas ao se preparar para receber 30 convidados para a ceia de Natal. Para seguir essas orientações à risca, o anfitrião deverá dispor de
{ "text": [ "120 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante. ", "120 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 30 de cerveja e 10 de espumante. ", "75 kg de carne, 7 copos americanos e meio de 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante. ", "7,5 kg de carne, 7 copos americanos, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 30 de cerveja e 10 de espumante. ", "7,5 kg de carne, 7 copos americanos e meio de arroz, 120 colheres de sopa de farofa, 5 garrafas de vinho, 15 de cerveja e 10 de espumante. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_155
155
2011
2011
null
O saldo de contratações no mercado formal no setor varejista da região metropolitana de São Paulo registrou alta. Comparando as contratações deste setor no mês de fevereiro com as de janeiro deste ano, houve incremento de 4 300 vagas no setor, totalizando 880 605 trabalhadores com carteira assinada. Disponível em: http://www.folha.uol.com.br. Acesso em: 26 abr. 2010 (adaptado). Suponha que o incremento de trabalhadores no setor varejista seja sempre o mesmo nos seis primeiros meses do ano. Considerando-se que y e x representam, respectivamen- te, as quantidades de trabalhadores no setor varejista e os meses, janeiro sendo o primeiro, fevereiro, o segundo, e assim por diante, a expressão algébrica que relaciona essas quantidades nesses meses é
{ "text": [ "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>y</mi><mo>=</mo><mn>4300</mn><mi>x</mi></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>y</mi><mo>=</mo><mn>884905</mn><mi>x</mi></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>y</mi><mo>=</mo><mn>872005</mn><mo>+</mo><mn>4300</mn><mi>x</mi></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>y</mi><mo>=</mo><mn>876305</mn><mo>+</mo><mn>4300</mn><mi>x</mi></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>y</mi><mo>=</mo><mn>880605</mn><mo>+</mo><mn>4300</mn><mi>x</mi></math> " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_160
160
2011
2011
null
O prefeito de uma cidade deseja construir uma rodovia para dar acesso a outro município. Para isso, foi aberta uma licitação na qual concorreram duas empresas. A primeira cobrou R$ 100000,00 por km construído (n), acrescidos de um valor fixo de R$ 350000,00 enquanto a segunda cobrou R$ 120000,00 por km construído (n), acrescidos de um valor fixo de R$ 150000,00. As duas empresas apresentam o mesmo padrão de qualidade dos serviços prestados, mas apenas uma delas poderá ser contratada. Do ponto de vista econômico, qual equação possibilitaria encontrar a extensão da rodovia que tornaria indiferente para a prefeitura escolher qualquer uma das propostas apresentadas?
{ "text": [ "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mn>100</mn><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>350</mn><mo>=</mo><mn>120</mn><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>150</mn></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mn>100</mn><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>150</mn><mo>=</mo><mn>120</mn><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>350</mn></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mn>100</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>350</mn></mrow></mfenced><mo>=</mo><mn>120</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>150</mn></mrow></mfenced></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mn>100</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>350000</mn></mrow></mfenced><mo>=</mo><mn>120</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>150000</mn></mrow></mfenced></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mn>350</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>100000</mn></mrow></mfenced><mo>=</mo><mn>150</mn><mfenced><mrow><mi>n</mi><mo>+</mo><mn>120000</mn></mrow></mfenced></math> " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2011_161
161
2011
2011
null
O número mensal de passagens de uma determinada empresa aérea aumentou no ano passado nas seguintes condições: em janeiro foram vendidas 33 000 passagens; em fevereiro, 34 500; em março, 36 000. Esse padrão de crescimento se mantém para os meses subsequentes. Quantas passagens foram vendidas por essa empresa em julho do ano passado?
{ "text": [ "38 000 ", "40 500 ", "41 000 ", "42 000 ", "48 000 " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2011_162
162
2011
2011
null
Uma pessoa aplicou certa quantia em ações. No primeiro mês, ela perdeu 30% do total do investimento e, no segundo mês, recuperou 20% do que havia perdido. Depois desses dois meses, resolveu tirar o montante de R$ 3 800,00 gerado pela aplicação. A quantia inicial que essa pessoa aplicou em ações corresponde ao valor de
{ "text": [ "R$ 4222,22. ", "R$ 4523,80. ", "R$ 5000,00. ", "R$ 13300,00. ", "R$ 17100,00. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_163
163
2011
2011
null
Muitas medidas podem ser tomadas em nossas casas visando à utilização racional de energia elétrica. Isso deve ser uma atitude diária de cidadania. Uma delas pode ser a redução do tempo no banho. Um chuveiro com potência de 4800 W consome 4,8 kW por hora. Uma pessoa que toma dois banhos diariamente, de 10 minutos cada, consumirá, em sete dias, quantos kW ?
{ "text": [ "0,8 ", "1,6 ", "5,6 ", "11,2 ", "33,6 " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2011_164
164
2011
2011
null
Cerca de 20 milhões de brasileiros vivem na região coberta pela caatinga, em quase 800 mil km² de área. Quando não chove, o homem do sertão e sua família precisam caminhar quilômetros em busca da água dos açudes. A irregularidade climática é um dos fatores que mais interferem na vida do sertanejo. Disponível em: http://www.wwf.org.br. Acesso em: 23 abr. 2010. Segundo este levantamento, a densidade demográfica da região coberta pela caatinga, em habitantes por km², é de
{ "text": [ "250. ", "25. ", "2,5. ", "0,25. ", "0,025. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2011_167
167
2011
2011
null
Em um jogo disputado em uma mesa de sinuca, há 16 bolas: 1 branca e 15 coloridas, as quais, de acordo com a coloração, valem de 1 a 15 pontos (um valor para cada bola colorida). O jogador acerta o taco na bola branca de forma que esta acerte as outras, com o objetivo de acertar duas das quinze bolas em quaisquer caçapas. Os valores dessas duas bolas são somados e devem resultar em um valor escolhido pelo jogador antes do início da jogada. Arthur, Bernardo e Caio escolhem os números 12, 17 e 22 como sendo resultados de suas respectivas somas. Com essa escolha, quem tem a maior probabilidade de ganhar o jogo é
{ "text": [ "Arthur, pois a soma que escolheu é a menor. ", "Bernardo, pois há 7 possibilidades de compor a soma escolhida por ele, contra 4 possibilidades para a escolha de Arthur e 4 possibilidades para a escolha de Caio. ", "Bernardo, pois há 7 possibilidades de compor a soma escolhida por ele, contra 5 possibilidades para a escolha de Arthur e 4 possibilidades para a escolha de Caio. ", "Caio, pois há 10 possibilidades de compor a soma escolhida por ele, contra 5 possibilidades para a escolha de Arthur e 8 possibilidades para a escolha de Bernardo. ", "Caio, pois a soma que escolheu é a maior. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_168
168
2011
2011
null
É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas pessoas costumam usar água com açúcar, por exemplo, para atrair beija-flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve sempre usar uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso, em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três vezes, pois com o calor ela pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá- la doente. O excesso de açúcar, ao cristalizar, também pode manter o bico da ave fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá-la. Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 166, mar. 1996 Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair beija-fllores. O copo tem formato cilíndrico, e suas medidas são 10 cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na mistura é cerca de (utilize <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi>&#x3C0;</mi><mo>=</mo><mn>3</mn></math>)
{ "text": [ "20 mL. ", "24 mL. ", "100 mL. ", "120 mL. ", "600 mL. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_171
171
2011
2011
null
Nos últimos cinco anos, 32 mil mulheres de 20 a 24 anos foram internadas nos hospitais do SUS por causa de AVC. Entre os homens da mesma faixa etária, houve 28 mil internações pelo mesmo motivo. Época. 26 abr. 2010 (adaptado). Suponha que, nos próximos cinco anos, haja um acréscimo de 8 mil internações de mulheres e que o acréscimo de internações de homens por AVC ocorra na mesma proporção. De acordo com as informações dadas, o número de homens que seriam internados por AVC, nos próximos cinco anos, corresponderia a
{ "text": [ "4 mil. ", "9 mil. ", "21 mil. ", "35 mil. ", "39 mil. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2011_174
174
2011
2011
null
O setor de recursos humanos de uma empresa vai realizar uma entrevista com 120 candidatos a uma vaga de contador. Por sorteio, eles pretendem atribuir a cada candidato um número, colocar a lista de números em ordem numérica crescente e usá-la para convocar os interessados. Acontece que, por um defeito do computador, foram gerados números com 5 algarismos distintos e, em nenhum deles, apareceram dígitos pares. Em razão disso, a ordem de chamada do candidato que tiver recebido o número 75913 é
{ "text": [ "24. ", "31. ", "32. ", "88. ", "89. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2011_177
177
2011
2011
null
A resistência das vigas de dado comprimento é diretamente proporcional à largura (b) e ao quadrado da altura (d), conforme a figura. A constante de proporcionalidade k varia de acordo com o material utilizado na sua construção. Considerando-se S como a resistência, a representação algébrica que exprime essa relação é
{ "text": [ "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>S</mi><mo>=</mo><mi>k</mi><mi>b</mi><mi>d</mi></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>S</mi><mo>=</mo><mi>b</mi><msup><mi>d</mi><mn>2</mn></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>S</mi><mo>=</mo><mi>k</mi><mi>b</mi><msup><mi>d</mi><mn>2</mn></msup></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>S</mi><mo>=</mo><mfrac><mrow><mi>k</mi><mi>b</mi></mrow><msup><mi>d</mi><mn>2</mn></msup></mfrac></math> ", "<math xmlns=\"http://www.w3.org/1998/Math/MathML\"><mi>S</mi><mo>=</mo><mfrac><mrow><mi>k</mi><msup><mi>d</mi><mn>2</mn></msup></mrow><mi>b</mi></mfrac></math> " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2011_179
179
2011
2011
null
Uma indústria fabrica um único tipo de produto e sempre vende tudo o que produz. O custo total para fabricar uma quantidade q de produtos é dado por uma função, simbolizada por C, enquanto o faturamento que a empresa obtém com a venda da quantidade q também é uma função, simbolizada por F. O lucro total (L) obtido pela venda da quantidade q de produtos é dado pela expressão <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi>L</mi><mo>=</mo><mi>F</mi><mo>&#x2013;</mo><mi>C</mi></math>. Considerando-se as funções <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi>F</mi><mo>=</mo><mn>5</mn><mi>q</mi></math> e <math xmlns="http://www.w3.org/1998/Math/MathML"><mi>C</mi><mo>=</mo><mn>2</mn><mi>q</mi><mo>+</mo><mn>12</mn></math> como faturamento e custo, qual a quantidade mínima de produtos que a indústria terá de fabricar para não ter prejuízo?
{ "text": [ "0 ", "1 ", "3 ", "4 ", "5 " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_1
1
2012
2012
null
Torna-se claro que quem descobriu a África no Brasil, muito antes dos europeus, foram os próprios africanos trazidos como escravos. E esta descoberta não se restringia apenas ao reino linguístico, estendia-se também a outras áreas culturais, inclusive à da religião. Há razões para pensar que os africanos, quando misturados e transportados ao Brasil, não demoraram em perceber a existência entre si de elos culturais mais profundos. SLENES, R. Malungu, ngoma vem! África coberta e descoberta do Brasil. Revista USP, n. 12, dez./jan./fev. 1991-92 (adaptado). Com base no texto, ao favorecer o contato de indivíduos de diferentes partes da África, a experiência da escravidão no Brasil tornou possível a
{ "text": [ "formação de uma identidade cultural afro-brasileira. ", "superação de aspectos culturais africanos por antigas tradições europeias. ", "reprodução de conflitos entre grupos étnicos africanos. ", "manutenção das características culturais específicas de cada etnia. ", "resistência à incorporação de elementos culturais indígenas. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_2
2
2012
2012
null
Nós nos recusamos a acreditar que o banco da justiça é falível. Nós nos recusamos a acreditar que há capitais insuficientes de oportunidade nesta nação. Assim nós viemos trocar este cheque, um cheque que nos dará o direito de reclamar as riquezas de liberdade e a segurança da justiça. KING Jr., M. L. Eu tenho um sonho, 28 ago. 1963. Disponível em: www.palmares.gov.br. Acesso em: 30 nov. 2011 (adaptado). O cenário vivenciado pela população negra, no sul dos Estados Unidos nos anos 1950, conduziu à mobilização social. Nessa época, surgiram reivindicações que tinham como expoente Martin Luther King e objetivavam
{ "text": [ "a conquista de direitos civis para a população negra. ", "o apoio aos atos violentos patrocinados pelos negros em espaço urbano. ", "a supremacia das instituições religiosas em meio à comunidade negra sulista. ", "a incorporação dos negros no mercado de trabalho. ", "a aceitação da cultura negra como representante do modo de vida americano. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_3
3
2012
2012
null
É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder. MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado). A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
{ "text": [ "ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo. ", "ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis. ", "à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis. ", "ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências. ", "ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_5
5
2012
2012
null
Diante dessas inconsistências e de outras que ainda preocupam a opinião pública, nós, jornalistas, estamos encaminhando este documento ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, para que o entregue à Justiça; e da Justiça esperamos a realização de novas diligências capazes de levar à completa elucidação desses fatos e de outros que porventura vierem a ser levantados. Em nome da verdade. In: O Estado de São Paulo, 3 fev. 1976. Apud. FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999. A morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida durante o regime militar, em 1975, levou a medidas como o abaixo- assinado feito por profissionais da imprensa de São Paulo. A análise dessa medida tomada indica a
{ "text": [ "certeza do cumprimento das leis. ", "superação do governo de exceção. ", "violência dos terroristas de esquerda. ", "punição dos torturadores da polícia. ", "expectativa da investigação dos culpados. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_7
7
2012
2012
null
Após o retorno de uma viagem a Minas Gerais, onde Pedro I fora recebido com grande frieza, seus partidários prepararam uma série de manifestações a favor do imperador no Rio de Janeiro, armando fogueiras e luminárias na cidade. Contudo, na noite de 11 de março, tiveram início os conflitos que ficaram conhecidos como a Noite das Garrafadas, durante os quais os “brasileiros” apagavam as fogueiras “portuguesas” e atacavam as casas iluminadas, sendo respondidos com cacos de garrafas jogadas das janelas. VAINFAS, R. (Org.). Dicionário do Brasil Imperial. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008 (adaptado). Os anos finais do I Reinado (1822-1831) se caracterizaram pelo aumento da tensão política. Nesse sentido, a análise dos episódios descritos em Minas Gerais e no Rio de Janeiro revela
{ "text": [ "estímulos ao racismo. ", "apoio ao xenofobismo. ", "críticas ao federalismo. ", "repúdio ao republicanismo. ", "questionamentos ao autoritarismo. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_8
8
2012
2012
null
Portadora de memória, a paisagem ajuda a construir os sentimentos de pertencimento; ela cria uma atmosfera que convém aos momentos fortes da vida, às festas, às comemorações. CLAVAL, P. Terra dos homens: a geografia. São Paulo: Contexto, 2010 (adaptado). No texto, é apresentada uma forma de integração da paisagem geográfica com a vida social. Nesse sentido, a paisagem, além de existir como forma concreta, apresenta uma dimensão
{ "text": [ "política de apropriação efetiva do espaço. ", "econômica de uso de recursos do espaço. ", "privada de limitação sobre a utilização do espaço. ", "natural de composição por elementos físicos do espaço. ", "simbólica de relação subjetiva do indivíduo com o espaço. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_10
10
2012
2012
null
Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida. KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado). Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
{ "text": [ "a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade. ", "o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas. ", "a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma. ", "a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento. ", "a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_11
11
2012
2012
null
Na regulação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria. HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002. A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança
{ "text": [ "a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua concentração espacial, num tipo de independência nacional. ", "a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura política nacional. ", "a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento. ", "a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional. ", "o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas convenções de comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_12
12
2012
2012
null
Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na
{ "text": [ "expulsão dos indígenas para fortalecer o clero católico. ", "promoção das guerras justas para conquistar o território. ", "imposição da catequese para explorar o trabalho africano. ", "opção pela policultura para garantir o povoamento ibérico. ", "fundação de cidades para controlar a circulação de riquezas. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_13
13
2012
2012
null
Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis ou seu cumprimento. Que é ilegal toda cobrança de impostos para a Coroa sem o concurso do Parlamento, sob pretexto de prerrogativa, ou em época e modo diferentes dos designados por ele próprio. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar leis. Declaração de Direitos. Disponível em: http://disciplinas.stoa.usp.br. Acesso em: 20 dez. 2011 (adaptado). No documento de 1689, identifica-se uma particularidade da Inglaterra diante dos demais Estados europeus na Época Moderna. A peculiaridade inglesa e o regime político que predominavam na Europa continental estão indicados, respectivamente, em:
{ "text": [ "Redução da influência do papa – Teocracia. ", "Limitação do poder do soberano – Absolutismo. ", "Ampliação da dominação da nobreza – República. ", "Expansão da força do presidente – Parlamentarismo. ", "Restrição da competência do congresso – Presidencialismo. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_14
14
2012
2012
null
Disponível em: http://primeira-serie.blogspot.com.br. Acesso em: 07 dez. 2011 (adaptado). Na imagem do início do século XX, identifica-se um modelo produtivo cuja forma de organização fabril baseava-se na
{ "text": [ "autonomia do produtor direto. ", "adoção da divisão sexual do trabalho. ", "exploração do trabalho repetitivo. ", "utilização de empregados qualificados. ", "incentivo à criatividade dos funcionários. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_15
15
2012
2012
null
A singularidade da questão da terra na África Colonial é a expropriação por parte do colonizador e as desigualdades raciais no acesso à terra. Após a independência, as populações de colonos brancos tenderam a diminuir, apesar de a proporção de terra em posse da minoria branca não ter diminuído proporcionalmente. MOYO, S. A terra africana e as questões agrárias: o caso das lutas pela terra no Zimbábue. In: FERNANDES, B. M.; MARQUES, M. I. M.; SUZUKI, J. C. (Org.). Geografia agrária: teoria e poder. São Paulo: Expressão Popular, 2007. Com base no texto, uma característica socioespacial e um consequente desdobramento que marcou o processo de ocupação do espaço rural na África subsaariana foram:
{ "text": [ "Exploração do campesinato pela elite proprietária – Domínio das instituições fundiárias pelo poder público. ", "Adoção de práticas discriminatórias de acesso à terra – Controle do uso especulativo da propriedade fundiária. ", "Desorganização da economia rural de subsistência – Crescimento do consumo interno de alimentos pelas famílias camponesas. ", "Crescimento dos assentamentos rurais com mão de obra familiar – Avanço crescente das áreas rurais sobre as regiões urbanas. ", "Concentração das áreas cultiváveis no setor agroexportador – Aumento da ocupação da população pobre em territórios agrícolas marginais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_16
16
2012
2012
null
TExTO I A Europa entrou em estado de exceção, personificado por obscuras forças econômicas sem rosto ou localização física conhecida que não prestam contas a ninguém e se espalham pelo globo por meio de milhões de transações diárias no ciberespaço. ROSSI, C. Nem fim do mundo nem mundo novo. Folha de São Paulo, 11 dez. 2011 (adaptado). TExTO II Estamos imersos numa crise financeira como nunca tínhamos visto desde a Grande Depressão iniciada em 1929 nos Estados Unidos. Entrevista de George Soros. Disponível em: www.nybooks.com. Acesso em: 17 ago. 2011 (adaptado). A comparação entre os significados da atual crise econômica e do crash de 1929 oculta a principal diferença entre essas duas crises, pois
{ "text": [ "o crash da Bolsa em 1929 adveio do envolvimento dos EUA na I Guerra Mundial e a atual crise é o resultado dos gastos militares desse país nas guerras do Afeganistão e Iraque. ", "a crise de 1929 ocorreu devido a um quadro de superprodução industrial nos EUA e a atual crise resultou da especulação financeira e da expansão desmedida do crédito bancário. ", "a crise de 1929 foi o resultado da concorrência dos países europeus reconstruídos após a I Guerra e a atual crise se associa à emergência dos BRICS como novos concorrentes econômicos. ", "o crash da Bolsa em 1929 resultou do excesso de proteções ao setor produtivo estadunidense e a atual crise tem origem na internacionalização das empresas e no avanço da política de livre mercado. ", "a crise de 1929 decorreu da política intervencionista norte-americana sobre o sistema de comércio mundial e a atual crise resultou do excesso de regulação do governo desse país sobre o sistema monetário. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_17
17
2012
2012
null
TExTO I O que vemos no país é uma espécie de espraiamento e a manifestação da agressividade através da violência. Isso se desdobra de maneira evidente na criminalidade, que está presente em todos os redutos — seja nas áreas abandonadas pelo poder público, seja na política ou no futebol. O brasileiro não é mais violento do que outros povos, mas a fragilidade do exercício e do reconhecimento da cidadania e a ausência do Estado em vários territórios do país se impõem como um caldo de cultura no qual a agressividade e a violência fincam suas raízes. Entrevista com Joel Birman. A Corrupção é um crime sem rosto. IstoÉ. Edição 2099, 3 fev. 2010. TExTO II Nenhuma sociedade pode sobreviver sem canalizar as pulsões e emoções do indivíduo, sem um controle muito específico de seu comportamento. Nenhum controle desse tipo é possível sem que as pessoas anteponham limitações umas às outras, e todas as limitações são convertidas, na pessoa a quem são impostas, em medo de um ou outro tipo. ELIAS, N. O Processo Civilizador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. Considerando-se a dinâmica do processo civilizador, tal como descrito no Texto II, o argumento do Texto I acerca da violência e agressividade na sociedade brasileira expressa a
{ "text": [ "incompatibilidade entre os modos democráticos de convívio social e a presença de aparatos de controle policial. ", "manutenção de práticas repressivas herdadas dos períodos ditatoriais sob a forma de leis e atos administrativos. ", "inabilidade das forças militares em conter a violência decorrente das ondas migratórias nas grandes cidades brasileiras. ", "dificuldade histórica da sociedade brasileira em institucionalizar formas de controle social compatíveis com valores democráticos. ", "incapacidade das instituições político-legislativas em formular mecanismos de controle social específicos à realidade social brasileira. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_20
20
2012
2012
null
O que o projeto governamental tem em vista é poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos bens de maior interesse histórico, de que a coletividade brasileira era depositária, têm desaparecido ou se arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e as relíquias da história de cada país não constituem o seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos os povos. ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado). A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por ideias como as descritas no texto, que visavam
{ "text": [ "submeter a memória e o patrimônio nacional ao controle dos órgãos públicos, de acordo com a tendência autoritária do Estado Novo. ", "transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de preservação do patrimônio nacional, por meio de leis de incentivo fiscal. ", "definir os fatos e personagens históricos a serem cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o interesse público. ", "resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional, por meio de políticas públicas preservacionistas. ", "determinar as responsabilidades pela destruição do patrimônio nacional, de acordo com a legislação brasileira. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_21
21
2012
2012
null
A soma do tempo gasto por todos os navios de carga na espera para atracar no porto de Santos é igual a 11 anos — isso, contando somente o intervalo de janeiro a outubro de 2011. O problema não foi registrado somente neste ano. Desde 2006 a perda de tempo supera uma década. Folha de S. Paulo, 25 dez. 2011 (adaptado). A situação descrita gera consequências em cadeia, tanto para a produção quanto para o transporte. No que se refere à territorialização da produção no Brasil contemporâneo, uma dessas consequências é a
{ "text": [ "realocação das exportações para o modal aéreo em função da rapidez. ", "dispersão dos serviços financeiros em função da busca de novos pontos de importação. ", "redução da exportação de gêneros agrícolas em função da dificuldade para o escoamento. ", "priorização do comércio com países vizinhos em função da existência de fronteiras terrestres. ", "estagnação da indústria de alta tecnologia em função da concentração de investimentos na infraestrutura de circulação. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_22
22
2012
2012
null
Texto do Cartaz: “Amor e não guerra” Foto de Jovens em protesto contra a Guerra do Vietnã. Disponível em: http://goldenyears66to69.blogspot.com. Acesso em: 10 out. 2011. Nos anos que se seguiram à Segunda Guerra, movimentos como o Maio de 1968 ou a campanha contra a Guerra do Vietnã culminaram no estabelecimento de diferentes formas de participação política. Seus slogans, tais como “Quando penso em revolução quero fazer amor”, se tornaram símbolos da agitação cultural nos anos 1960, cuja inovação relacionava-se
{ "text": [ "à contestação da crise econômica europeia, que fora provocada pela manutenção das guerras coloniais. ", "à organização partidária da juventude comunista, visando o estabelecimento da ditadura do proletariado. ", "à unificação das noções de libertação social e libertação individual, fornecendo um significado político ao uso do corpo. ", "à defesa do amor cristão e monogâmico, com fins à reprodução, que era tomado como solução para os conflitos sociais. ", "ao reconhecimento da cultura das gerações passadas, que conviveram com a emergência do rock e outras mudanças nos costumes. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_23
23
2012
2012
null
Nossa cultura lipofóbica muito contribui para a distorção da imagem corporal, gerando gordos que se veem magros e magros que se veem gordos, numa quase unanimidade de que todos se sentem ou se veem “distorcidos”. Engordamos quando somos gulosos. É pecado da gula que controla a relação do homem com a balança. Todo obeso declarou, um dia, guerra à balança. Para emagrecer é preciso fazer as pazes com a dita cuja, visando adequar-se às necessidades para as quais ela aponta. FREIRE, D. S. Obesidade não pode ser pré-requisito. Disponível em: http//gnt.globo.com. Acesso em: 3 abr. 2012 (adaptado). O texto apresenta um discurso de disciplinarização dos corpos, que tem como consequência
{ "text": [ "a ampliação dos tratamentos médicos alternativos, reduzindo os gastos com remédios. ", "a democratização do padrão de beleza, tornando-o acessível pelo esforço individual. ", "o controle do consumo, impulsionando uma crise econômica na indústria de alimentos. ", "a culpabilização individual, associando obesidade à fraqueza de caráter. ", "o aumento da longevidade, resultando no crescimento populacional. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_24
24
2012
2012
null
TExTO I Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provêm de sua descendência. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os ventos são ar condensado. As nuvens formam-se a partir do ar por feltragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada, transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo possível, transforma- se em pedras. BURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado). TExTO II Basílio Magno, filósofo medieval, escreveu: “Deus, como criador de todas as coisas, está no princípio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos, para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos, como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha.” GILSON, E.; BOEHNER, P. História da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado). Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes, filósofo grego antigo, e de Basílio, filósofo medieval, têm em comum na sua fundamentação teorias que
{ "text": [ "eram baseadas nas ciências da natureza. ", "refutavam as teorias de filósofos da religião. ", "tinham origem nos mitos das civilizações antigas. ", "postulavam um princípio originário para o mundo. ", "defendiam que Deus é o princípio de todas as coisas. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_25
25
2012
2012
null
De repente, sente-se uma vibração que aumenta rapidamente; lustres balançam, objetos se movem sozinhos e somos invadidos pela estranha sensação de medo do imprevisto. Segundos parecem horas, poucos minutos são uma eternidade. Estamos sentindo os efeitos de um terremoto, um tipo de abalo sísmico. ASSAD, L. Os (não tão) imperceptíveis movimentos da Terra. ComCiência: Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, n. 117, abr. 2010. Disponível em: http://comciencia.br. Acesso em: 2 mar. 2012. O fenômeno físico descrito no texto afeta intensamente as populações que ocupam espaços próximos às áreas de
{ "text": [ "alívio da tensão geológica. ", "desgaste da erosão superficial. ", "atuação do intemperismo químico. ", "formação de aquíferos profundos. ", "acúmulo de depósitos sedimentares. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_26
26
2012
2012
null
TExTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979. TExTO II Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
{ "text": [ "defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. ", "entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. ", "são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. ", "concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. ", "atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_27
27
2012
2012
null
Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade. MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado). Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
{ "text": [ "valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo. ", "rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. ", "afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana. ", "romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem. ", "redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_28
28
2012
2012
null
A interface clima/sociedade pode ser considerada em termos de ajustamento à extensão e aos modos como as sociedades funcionam em uma relação harmônica com seu clima. O homem e suas sociedades são vulneráveis às variações climáticas. A vulnerabilidade é a medida pela qual uma sociedade é suscetível de sofrer por causas climáticas. AYOADE, J. O. Introdução a climatologia para os trópicos. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010 (adaptado). Considerando o tipo de relação entre ser humano e condição climática apresentado no texto, uma sociedade torna-se mais vulnerável quando
{ "text": [ "concentra suas atividades no setor primário. ", "apresenta estoques elevados de alimentos. ", "possui um sistema de transportes articulado. ", "diversifica a matriz de geração de energia. ", "introduz tecnologias à produção agrícola. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_29
29
2012
2012
null
Uma mesma empresa pode ter sua sede administrativa onde os impostos são menores, as unidades de produção onde os salários são os mais baixos, os capitais onde os juros são os mais altos e seus executivos vivendo onde a qualidade de vida é mais elevada. SEVCENKO, N. A corrida para o século xxI: no loop da montanha russa. São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (adaptado). No texto estão apresentadas estratégias empresariais no contexto da globalização. Uma consequência social derivada dessas estratégias tem sido
{ "text": [ "o crescimento da carga tributária. ", "o aumento da mobilidade ocupacional. ", "a redução da competitividade entre as empresas. ", "o direcionamento das vendas para os mercados regionais. ", "a ampliação do poder de planejamento dos Estados nacionais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_30
30
2012
2012
null
A moderna “conquista da Amazônia” inverteu o eixo geográfico da colonização da região. Desde a época colonial até meados do século XIX, as correntes principais de população movimentaram-se no sentido Leste-Oeste, estabelecendo uma ocupação linear articulada. Nas últimas décadas, os fluxos migratórios passaram a se verificar no sentido Sul-Norte, conectando o Centro-Sul à Amazônia. OLIC, N. B. Ocupação da Amazônia, uma epopeia inacabada. Jornal Mundo, ano 16, n. 4, ago. 2008 (adaptado). O primeiro eixo geográfico de ocupação das terras amazônicas demonstra um padrão relacionado à criação de
{ "text": [ "núcleos urbanos em áreas litorâneas. ", "centros agrícolas modernos no interior. ", "vias férreas entre espaços de mineração. ", "faixas de povoamento ao longo das estradas. ", "povoados interligados próximos a grandes rios. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_31
31
2012
2012
null
A experiência que tenho de lidar com aldeias de diversas nações me tem feito ver, que nunca índio fez grande confiança de branco e, se isto sucede com os que estão já civilizados, como não sucederá o mesmo com esses que estão ainda brutos. NORONHA, M. Carta a J. Caldeira Brant. 2 jan.1751. Apud CHAIM, M. M. Aldeamentos indígenas (Goiás: 1749-1811). São Paulo: Nobel, Brasília: INL, 1983 (adaptado). Em 1749, ao separar-se de São Paulo, a capitania de Goiás foi governada por D. Marcos de Noronha, que atendeu às diretrizes da política indigenista pombalina que incentivava a criação de aldeamentos em função
{ "text": [ "das constantes rebeliões indígenas contra os brancos colonizadores, que ameaçavam a produção de ouro nas regiões mineradoras. ", "da propagação de doenças originadas do contato com os colonizadores, que dizimaram boa parte da população indígena. ", "do empenho das ordens religiosas em proteger o indígena da exploração, o que garantiu a sua supremacia na administração colonial. ", "da política racista da Coroa Portuguesa, contrária à miscigenação, que organizava a sociedade em uma hierarquia dominada pelos brancos. ", "da necessidade de controle dos brancos sobre a população indígena, objetivando sua adaptação às exigências do trabalho regular. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_32
32
2012
2012
null
A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de desconcentração da produção industrial, uma das manifestações do desdobramento da divisão territorial do trabalho no Brasil. A produção industrial torna-se mais complexa, estendendo-se, sobretudo, para novas áreas do Sul e para alguns pontos do Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte. SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2002 (fragmento). Um fator geográfico que contribui para o tipo de alteração da configuração territorial descrito no texto é:
{ "text": [ "Obsolescência dos portos. ", "Estatização de empresas. ", "Eliminação de incentivos fiscais. ", "Ampliação de políticas protecionistas. ", "Desenvolvimento dos meios de comunicação. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_33
33
2012
2012
null
Minha vida é andar Por esse país Pra ver se um dia Descanso feliz Guardando as recordações Das terras onde passei Andando pelos sertões E dos amigos que lá deixei GONZAGA, L.; CORDOVIL. H. A vida de viajante, 1953. Disponível em: www.recife.pe.gov.br. Acesso em: 20 fev. 2012 (fragmento). A letra dessa canção reflete elementos identitários que representam a
{ "text": [ "valorização das características naturais do Sertão nordestino. ", "denúncia da precariedade social provocada pela seca. ", "experiência de deslocamento vivenciada pelo migrante. ", "profunda desigualdade social entre as regiões brasileiras. ", "discriminação dos nordestinos nos grandes centros urbanos. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_34
34
2012
2012
null
Próximo da Igreja dedicada a São Gonçalo nos deparamos com uma impressionante multidão que dançava ao som de suas violas. Tão logo viram o Vice- Rei, cercaram-no e o obrigaram a dançar e pular, exercício violento e pouco apropriado tanto para sua idade quanto posição. Tivemos nós mesmos que entrar na dança, por bem ou por mal, e não deixou de ser interessante ver numa igreja padres, mulheres, frades, cavalheiros e escravos a dançar e pular misturados, e a gritar a plenos pulmões “Viva São Gonçalo do Amarante”. BARBINAIS, Le Gentil. Noveau Voyage autour du monde. Apud: TINHORÃO, J. R. As festas no Brasil Colonial. São Paulo: Ed. 34, 2000 (adaptado). O viajante francês, ao descrever suas impressões sobre uma festa ocorrida em Salvador, em 1717, demonstra dificuldade em entendê-la, porque, como outras manifestações religiosas do período colonial, ela
{ "text": [ "seguia os preceitos advindos da hierarquia católica romana. ", "demarcava a submissão do povo à autoridade constituída. ", "definia o pertencimento dos padres às camadas populares. ", "afirmava um sentido comunitário de partilha da devoção. ", "harmonizava as relações sociais entre escravos e senhores. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_36
36
2012
2012
null
A maior parte dos veículos de transporte atualmente é movida por motores a combustão que utilizam derivados de petróleo. Por causa disso, esse setor é o maior consumidor de petróleo do mundo, com altas taxas de crescimento ao longo do tempo. Enquanto outros setores têm obtido bons resultados na redução do consumo, os transportes tendem a concentrar ainda mais o uso de derivados do óleo. MURTA, A. Energia: o vício da civilização. Rio de Janeiro: Garamond, 2011 (adaptado). Um impacto ambiental da tecnologia mais empregada pelo setor de transportes e uma medida para promover a redução do seu uso, estão indicados, respectivamente, em:
{ "text": [ "Aumento da poluição sonora – construção de barreiras acústicas. ", "Incidência da chuva ácida – estatização da indústria automobilística. ", "Derretimento das calotas polares – incentivo aos transportes de massa. ", "Propagação de doenças respiratórias – distribuição de medicamentos gratuitos. ", "Elevação das temperaturas médias – criminalização da emissão de gás carbônico. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_37
37
2012
2012
null
As mulheres quebradeiras de coco-babaçu dos Estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, na sua grande maioria, vivem numa situação de exclusão e subalternidade. O termo quebradeira de coco assume o caráter de identidade coletiva na medida em que as mulheres que sobrevivem dessa atividade e reconhecem sua posição e condição desvalorizada pela lógica da dominação, se organizam em movimentos de resistência e de luta pela conquista da terra, pela libertação dos babaçuais, pela autonomia do processo produtivo. Passam a atribuir significados ao seu trabalho e as suas experiências, tendo como principal referência sua condição preexistente de acesso e uso dos recursos naturais. ROCHA, M. R. T. A luta das mulheres quebradeiras de coco-babaçu, pela libertação do coco preso e pela posse da terra. In: Anais do VII Congresso Latino-Americano de Sociologia Rural, Quito, 2006 (adaptado). A organização do movimento das quebradeiras de coco de babaçu é resultante da
{ "text": [ "constante violência nos babaçuais na confluência terras maranhenses, piauienses, paraenses e de tocantinenses, região com elevado índice de homicídios. ", "falta de identidade coletiva das trabalhadoras, migrantes das cidades e com pouco vínculo histórico com as áreas rurais do interior do Tocantins, Pará, Maranhão e Piauí. ", "escassez de água nas regiões de veredas, ambientes naturais dos babaçus, causada pela construção de açudes particulares, impedindo o amplo acesso público aos recursos hídricos. ", "progressiva devastação das matas dos cocais, em função do avanço da sojicultura nos chapadões do Meio-Norte brasileiro. ", "dificuldade imposta pelos fazendeiros e posseiros no acesso aos babaçuais localizados no interior de suas propriedades. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_39
39
2012
2012
null
Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente. ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado). O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
{ "text": [ "Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas. ", "Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles. ", "Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis. ", "Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não. ", "Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_40
40
2012
2012
null
As plataformas ou crátons correspondem aos terrenos mais antigos e arrasados por muitas fases de erosão. Apresentam uma grande complexidade litológica, prevalecendo as rochas metamórficas muito antigas (Pré-Cambriano Médio e Inferior). Também ocorrem rochas intrusivas antigas e resíduos de rochas sedimentares. São três as áreas de plataforma de crátons no Brasil: a das Guianas, a Sul-Amazônica e a do São Francisco. ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998. As regiões cratônicas das Guianas e a Sul-Amazônica têm como arcabouço geológico vastas extensões de escudos cristalinos, ricos em minérios, que atraíram a ação de empresas nacionais e estrangeiras do setor de mineração e destacam-se pela sua história geológica por
{ "text": [ "apresentarem áreas de intrusões graníticas, ricas em jazidas minerais (ferro, manganês). ", "corresponderem ao principal evento geológico do Cenozoico no território brasileiro. ", "apresentarem áreas arrasadas pela erosão, que originaram a maior planície do país. ", "possuírem em sua extensão terrenos cristalinos ricos em reservas de petróleo e gás natural. ", "serem esculpidas pela ação do intemperismo físico, decorrente da variação de temperatura. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_41
41
2012
2012
null
A irrigação da agricultura é responsável pelo consumo de mais de 2/3 de toda a água retirada dos rios, lagos e lençóis freáticos do mundo. Mesmo no Brasil, onde achamos que temos muita água, os agricultores que tentam produzir alimentos também enfrentam secas periódicas e uma competição crescente por água. MARAFON, G. J. et al. O desencanto da terra: produção de alimentos, ambiente e sociedade. Rio de Janeiro: Garamond, 2011. No Brasil, as técnicas de irrigação utilizadas na agricultura produziram impactos socioambientais como
{ "text": [ "redução do custo de produção. ", "agravamento da poluição hídrica. ", "compactação do material do solo. ", "aceleração da fertilização natural. ", "redirecionamento dos cursos fluviais. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_42
42
2012
2012
null
TExTO I Ao se emanciparem da tutela senhorial, muitos camponeses foram desligados legalmente da antiga terra. Deveriam pagar, para adquirir propriedade ou arrendamento. Por não possuírem recursos, engrossaram a camada cada vez maior de jornaleiros e trabalhadores volantes, outros, mesmo tendo propriedade sobre um pequeno lote, suplementavam sua existência com o assalariamento esporádico. MACHADO, P. P. Política e colonização no Império. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999 (adaptado). TExTO II Com a globalização da economia ampliou-se a hegemonia do modelo de desenvolvimento agropecuário, com seus padrões tecnológicos, caracterizando o agronegócio. Essa nova face da agricultura capitalista também mudou a forma de controle e exploração da terra. Ampliou-se, assim, a ocupação de áreas agricultáveis e as fronteiras agrícolas se estenderam. SADER, E.; JINKINGS, I. Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe. São Paulo: Boitempo, 2006 (adaptado). Os textos demonstram que, tanto na Europa do século XIX quanto no contexto latino-americano do século XXI, as alterações tecnológicas vivenciadas no campo interferem na vida das populações locais, pois
{ "text": [ "induzem os jovens ao estudo nas grandes cidades, causando o êxodo rural, uma vez que formados, não retornam à sua região de origem. ", "impulsionam as populações locais a buscar linhas de financiamento estatal com o objetivo de ampliar a agricultura familiar, garantindo sua fixação no campo. ", "ampliam o protagonismo do Estado, possibilitando a grupos econômicos ruralistas produzir e impor políticas agrícolas, ampliando o controle que tinham dos mercados. ", "aumentam a produção e a produtividade de determinadas culturas em função da intensificação da mecanização, do uso de agrotóxicos e cultivo de plantas transgênicas. ", "desorganizam o modo tradicional de vida impelindo- as à busca por melhores condições no espaço urbano ou em outros países em situações muitas vezes precárias. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_43
43
2012
2012
null
Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Senhor padeceu na sua cruz e em toda a sua paixão. A sua cruz foi composta de dois madeiros, e a vossa em um engenho é de três. Também ali não faltaram as canas, porque duas vezes entraram na Paixão: uma vez servindo para o cetro de escárnio, e outra vez para a esponja em que lhe deram o fel. A Paixão de Cristo parte foi de noite sem dormir, parte foi de dia sem descansar, e tais são as vossas noites e os vossos dias. Cristo despido, e vós despidos; Cristo sem comer, e vós famintos; Cristo em tudo maltratado, e vós maltratados em tudo. Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de tudo isto se compõe a vossa imitação, que, se for acompanhada de paciência, também terá merecimento de martírio. VIEIRA, A. Sermões. Tomo XI. Porto: Lello & Irmão, 1951 (adaptado). O trecho do sermão do Padre Antônio Vieira estabelece uma relação entre a Paixão de Cristo e
{ "text": [ "a atividade dos comerciantes de açúcar nos portos brasileiros. ", "a função dos mestres de açúcar durante a safra de cana. ", "o sofrimento dos jesuítas na conversão dos ameríndios. ", "o papel dos senhores na administração dos engenhos. ", "o trabalho dos escravos na produção de açúcar. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_44
44
2012
2012
null
Fugindo à luta de classes, a nossa organização sindical tem sido um instrumento de harmonia e de cooperação entre o capital e o trabalho. Não se limitou a um sindicalismo puramente “operário”, que conduziria certamente a luta contra o “patrão”, como aconteceu com outros povos. FALCÃO, W. Cartas sindicais. In: Boletim do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. Rio de Janeiro, 10 (85), set. 1941 (adaptado). Nesse documento oficial, à época do Estado Novo (1937- 1945), é apresentada uma concepção de organização sindical que
{ "text": [ "elimina os conflitos no ambiente das fábricas. ", "limita os direitos associativos do segmento patronal. ", "orienta a busca do consenso entre trabalhadores e patrões. ", "proíbe o registro de estrangeiros nas entidades profissionais do país. ", "desobriga o Estado quanto aos direitos e deveres da classe trabalhadora. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_45
45
2012
2012
null
O uso da água aumenta de acordo com as necessidades da população no mundo. Porém, diferentemente do que se possa imaginar, o aumento do consumo de água superou em duas vezes o crescimento populacional durante o século XX. TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 2009. Uma estratégia socioespacial que pode contribuir para alterar a lógica de uso da água apresentada no texto é a
{ "text": [ "ampliação de sistemas de reutilização hídrica. ", "expansão da irrigação por aspersão das lavouras. ", "intensificação do controle do desmatamento de florestas. ", "adoção de técnicas tradicionais de produção. ", "criação de incentivos fiscais para o cultivo de produtos orgânicos. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_46
46
2012
2012
null
Os carrinhos de brinquedo podem ser de vários tipos. Dentre eles, há os movidos a corda, em que uma mola em seu interior é comprimida quando a criança puxa o carrinho para trás. Ao ser solto, o carrinho entra em movimento enquanto a mola volta à sua forma inicial. O processo de conversão de energia que ocorre no carrinho descrito também é verificado em
{ "text": [ "um dínamo. ", "um freio de automóvel. ", "um motor a combustão. ", "uma usina hidroelétrica. ", "uma atiradeira (estilingue). " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_47
47
2012
2012
null
Pesticidas são contaminantes ambientais altamente tóxicos aos seres vivos e, geralmente, com grande persistência ambiental. A busca por novas formas de eliminação dos pesticidas tem aumentado nos últimos anos, uma vez que as técnicas atuais são economicamente dispendiosas e paliativas. A biorremediação de pesticidas utilizando microrganismos tem se mostrado uma técnica muito promissora para essa finalidade, por apresentar vantagens econômicas e ambientais. Para ser utilizado nesta técnica promissora, um microrganismo deve ser capaz de
{ "text": [ "transferir o contaminante do solo para a água. ", "absorver o contaminante sem alterá-lo quimicamente. ", "apresentar alta taxa de mutação ao longo das gerações. ", "estimular o sistema imunológico do homem contra o contaminante. ", "metabolizar o contaminante, liberando subprodutos menos tóxicos ou atóxicos. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_48
48
2012
2012
null
Medidas de saneamento básico são fundamentais no processo de promoção de saúde e qualidade de vida da população. Muitas vezes, a falta de saneamento está relacionada com o aparecimento de várias doenças. Nesse contexto, um paciente dá entrada em um pronto atendimento relatando que há 30 dias teve contato com águas de enchente. Ainda informa que nesta localidade não há rede de esgoto e drenagem de águas pluviais e que a coleta de lixo é inadequada. Ele apresenta os seguintes sintomas: febre, dor de cabeça e dores musculares. Disponível em: http://portal.saude.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2012 (adaptado). Relacionando os sintomas apresentados com as condições sanitárias da localidade, há indicações de que o paciente apresenta um caso de
{ "text": [ "difteria. ", "botulismo. ", "tuberculose. ", "leptospirose. ", "meningite meningocócica. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null
2012_50
50
2012
2012
null
Para diminuir o acúmulo de lixo e o desperdício de materiais de valor econômico e, assim, reduzir a exploração de recursos naturais, adotou-se, em escala internacional, a política dos três erres: Redução, Reutilização e Reciclagem. Um exemplo de reciclagem é a utilização de
{ "text": [ "garrafas de vidro retornáveis para cerveja ou refrigerante. ", "latas de alumínio como material para fabricação de lingotes. ", "sacos plásticos de supermercado como acondicionantes de lixo caseiro. ", "embalagens plásticas vazias e limpas para acondicionar outros alimentos. ", "garrafas PET recortadas em tiras para fabricação de cerdas de vassouras. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_51
51
2012
2012
null
Um dos problemas ambientais vivenciados pela agricultura hoje em dia é a compactação do solo, devida ao intenso tráfego de máquinas cada vez mais pesadas, reduzindo a produtividade das culturas. Uma das formas de prevenir o problema de compactação do solo é substituir os pneus dos tratores por pneus mais
{ "text": [ "largos, reduzindo a pressão sobre o solo. ", "estreitos, reduzindo a pressão sobre o solo. ", "largos, aumentando a pressão sobre o solo. ", "estreitos, aumentando a pressão sobre o solo. ", "altos, reduzindo a pressão sobre o solo. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_52
52
2012
2012
null
O milho transgênico é produzido a partir da manipulação do milho original, com a transferência, para este, de um gene de interesse retirado de outro organismo de espécie diferente. A característica de interesse será manifestada em decorrência
{ "text": [ "do incremento do DNA a partir da duplicação do gene transferido. ", "da transcrição do RNA transportador a partir do gene transferido. ", "da expressão de proteínas sintetizadas a partir do DNA não hibridizado. ", "da síntese de carboidratos a partir da ativação do DNA do milho original. ", "da tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_54
54
2012
2012
null
A eficiência das lâmpadas pode ser comparada utilizando a razão, considerada linear, entre a quantidade de luz produzida e o consumo. A quantidade de luz é medida pelo fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmen (lm). O consumo está relacionado à potência elétrica da lâmpada que é medida em watt (W). Por exemplo, uma lâmpada incandescente de 40 W emite cerca de 600 lm, enquanto uma lâmpada fluorescente de 40 W emite cerca de 3 000 lm. Disponível em: http://tecnologia.terra.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado). A eficiência de uma lâmpada incandescente de 40 W é
{ "text": [ "maior que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz menor quantidade de luz. ", "maior que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que produz menor quantidade de luz. ", "menor que a de uma lâmpada fluorescente de 8 W, que produz a mesma quantidade de luz. ", "menor que a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, pois consome maior quantidade de energia. ", "igual a de uma lâmpada fluorescente de 40 W, que consome a mesma quantidade de energia. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
C
null
2012_55
55
2012
2012
null
Não é de hoje que o homem cria, artificialmente, variedades de peixes por meio da hibridação. Esta é uma técnica muito usada pelos cientistas e pelos piscicultores porque os híbridos resultantes, em geral, apresentam maior valor comercial do que a média de ambas as espécies parentais, além de reduzir a sobrepesca no ambiente natural. Terra da Gente, ano 4, n. 47, mar. 2008 (adaptado). Sem controle, esses animais podem invadir rios e lagos naturais, se reproduzir e
{ "text": [ "originar uma nova espécie poliploide. ", "substituir geneticamente a espécie natural. ", "ocupar o primeiro nível trófico no hábitat aquático. ", "impedir a interação biológica entre as espécies parentais. ", "produzir descendentes com o código genético modificado. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_56
56
2012
2012
null
Há milhares de anos o homem faz uso da biotecnologia para a produção de alimentos como pães, cervejas e vinhos. Na fabricação de pães, por exemplo, são usados fungos unicelulares, chamados de leveduras, que são comercializados como fermento biológico. Eles são usados para promover o crescimento da massa, deixando-a leve e macia. O crescimento da massa do pão pelo processo citado é resultante da
{ "text": [ "liberação de gás carbônico. ", "formação de ácido lático. ", "formação de água. ", "produção de ATP. ", "liberação de calor. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
A
null
2012_57
57
2012
2012
null
Alguns povos indígenas ainda preservam suas tradições realizando a pesca com lanças, demonstrando uma notável habilidade. Para fisgar um peixe em um lago com águas tranquilas o índio deve mirar abaixo da posição em que enxerga o peixe. Ele deve proceder dessa forma porque os raios de luz
{ "text": [ "refletidos pelo peixe não descrevem uma trajetória retilínea no interior da água. ", "emitidos pelos olhos do índio desviam sua trajetória quando passam do ar para a água. ", "espalhados pelo peixe são refletidos pela superfície da água. ", "emitidos pelos olhos do índio são espalhados pela superfície da água. ", "refletidos pelo peixe desviam sua trajetória quando passam da água para o ar. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_58
58
2012
2012
null
Os vegetais biossintetizam determinadas substâncias (por exemplo, alcaloides e flavonoides), cuja estrutura química e concentração variam num mesmo organismo em diferentes épocas do ano e estágios de desenvolvimento. Muitas dessas substâncias são produzidas para a adaptação do organismo às variações ambientais (radiação UV, temperatura, parasitas, herbívoros, estímulo a polinizadores etc.) ou fisiológicas (crescimento, envelhecimento etc.). As variações qualitativa e quantitativa na produção dessas substâncias durante um ano são possíveis porque o material genético do indivíduo
{ "text": [ "sofre constantes recombinações para adaptar-se. ", "muda ao longo do ano e em diferentes fases da vida. ", "cria novos genes para biossíntese de substâncias específicas. ", "altera a sequência de bases nitrogenadas para criar novas substâncias. ", "possui genes transcritos diferentemente de acordo com cada necessidade. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
E
null
2012_60
60
2012
2012
null
Em um dia de chuva muito forte, constatou-se uma goteira sobre o centro de uma piscina coberta, formando um padrão de ondas circulares. Nessa situação, observou-se que caíam duas gotas a cada segundo. A distância entre duas cristas consecutivas era de 25 cm e cada uma delas se aproximava da borda da piscina com velocidade de 1,0 m/s. Após algum tempo a chuva diminuiu e a goteira passou a cair uma vez por segundo. Com a diminuição da chuva, a distância entre as cristas e a velocidade de propagação da onda se tornaram, respectivamemente,
{ "text": [ "maior que 25 cm e maior que 1,0 m/s. ", "maior que 25 cm e igual a 1,0 m/s. ", "menor que 25 cm e menor que 1,0 m/s. ", "menor que 25 cm e igual a 1,0 m/s. ", "igual a 25 cm e igual a 1,0 m/s. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
B
null
2012_63
63
2012
2012
null
O menor tamanduá do mundo é solitário e tem hábitos noturnos, passa o dia repousando, geralmente em um emaranhado de cipós, com o corpo curvado de tal maneira que forma uma bola. Quando em atividade, se locomove vagarosamente e emite som semelhante a um assobio. A cada gestação, gera um único filhote. A cria é deixada em uma árvore à noite e é amamentada pela mãe até que tenha idade para procurar alimento. As fêmeas adultas têm territórios grandes e o território de um macho inclui o de várias fêmeas, o que significa que ele tem sempre diversas pretendentes à disposição para namorar! Ciência Hoje das Crianças, ano 19, n. 174, nov. 2006 (adaptado). Essa descrição sobre o tamanduá diz respeito ao seu
{ "text": [ "hábitat. ", "biótopo. ", "nível trófico. ", "nicho ecológico. ", "potencial biótico. " ], "label": [ "A", "B", "C", "D", "E" ] }
D
null